Carlota
As folhas espraiavam-se-lhe no olhar
As bonecas bailavam-lhe nos caracóis
As mãos pequenas, o coração graúdo...
Sentava-se na relva cinzenta,
Rebolava-se para a colorir...
Carlota não sabia
Para cores somente teria de sorrir.
Que eram vernizes brilhantes
As notas de cada cantiga sua
Carlota ciciava a todos o tamanho da sua altura
Baixa, não pequena.
Carlota era feita de açúcar.
Vicente Queiróz