Corpo de leite
Brinca naquele corpo de leite
Que pula calçada fora
De sorriso enérgico e rasgado
Enquanto desenha os sonhos
Com coloridos lápis de cera
Corre gingando pelo saber
Alegre e de mochila às costas
Baloiçando entre verbos e matemáticas
Exercitando o crescer
Ao som do chocalho dos berlindes
Pinta as roupas rotas nos joelhos
De tons relvados e lamacentos
Espelhando tropelias e diabruras
Rejuvenescendo os rostos dos avós
Naquele corpo de leite…Ele é feliz.
João Manso