Menino do papá
Condói-me teu olhar travesso
Quando vou à luta descontente
Mas, teu fácil sorriso no regresso
Faz-me crer que ainda sou gente.
Neste mundo torcido e cruel
Que feliz arrastas com um cordel,
Queira o devir ser-te só felicidade,
Abracinhos fofos desinteressados,
Memórias, bons momentos passados
Numa terra fantasista sem idade.
Aí, nessa linda casa dos porquês,
Recreio sob a abóbada celeste prometido,
Onde a verdade é a imagem que vês,
Tudo vale, mesmo quando é fingido.
Gustavo F.