VAZIO DE CRIANÇA
Ah, menino abandonado, roupa rota, alma ferida.
Coração esfarrapado, tu és pedaço de vida!
Teu sorriso meio perdido no tamanho da diferença,
Morre em lágrima-gemido, querendo manter a crença.
Mas se os outros têm pão, conchego nas noites frias,
Não entendes a razão da solidão dos teus dias!
E o tempo, frio e duro, por ti passa, sem parar.
Serás Homem no futuro, sem força p’ra perdoar.
Por isso a criança que fui já já chora no caminho percorrido…
Sofia Cabral