Poemas Apresentados ao III Prémio de Poesia em Rede - Publicação Provisória
20.1.09

Um Sorriso

Ela sorri, como se fosse a vida
Contemplando as miragens da paixão.
Serena e infantil, quase perdida,
Uma criança fita a solidão.

Num sorriso, estilhaça a escuridão,
Doma as feras da noite indefinida
E planta no vazio de um coração
Um sorriso de esperança renascida.

Ela vive nas asas da memória
Como um futuro arrancado da história
E transplantado em terra abandonada

Para florescer em rosa fascinante,
Sorrindo aos olhos da noite brilhante
Como um hino nos céus por sobre o nada.

                                              Carla Ribeiro

 

 

link do postPor poesiaemrede, às 00:46  ver comentários (7) comentar

          

      Hoje é dia de festa
 
  Hoje é dia de festa
  Pois em um rostinho lindo
  Um sorriso me encantou
  E em seus olhinhos a me olhar
  A pureza me mostrou
  E levou-me a voar
  Como balões coloridos
  Quando leves toques
  De seus dedinhos
  Fez-me flutuar.
 
  Hoje é dia de festa
  Uma grande festa
  Quando a contemplar
  A doçura multiforme
  De uma coisinha
  Tão simples, meiga e grandiosa
  Que me faz amar, sonhar e confiar...
 
         Terezinha Guimarães

 

 

 

link do postPor poesiaemrede, às 00:40  ver comentários (10) comentar

 

A bola da Rita rebola, e rola…calçada fora…
Rebola e saltita, calçada fora, por sobre os lancis,
Por sobre os beirais, calçada abaixo, por meio dos quintais
E ei-la que espreita e agora se esconde
A bola da Rita rebola, rola, saltita e gira, rodopia
Sem parar, qual piáo, qual corcel, atira-se ao ar
E salta outra vez, agora que sobe aquela ladeira
Deixa-se cair, rola, rola, rola sozinha, sempre a andar
Agora se esconde, já quase perdida, já quase a parar
E a Rita cansada, calçada fora, calçada abaixo,
Ladeira acima, ladeira abaixo, corrida sem fim, até sufocar
Quem dera que a bola parasse enfim,
Enfim cansada, sem fintas nem nada, que fosse parando,
Devagarinho, esperando pela Rita, que corre, se corre!
E agora, onde está? Passou os quintais, saltou dos canteiros,
A bola da Rita não pára, não quer, sem esperar saltita e
A Rita grita:« Ai bola malandra, não fujas de mim!»
Mas a bola rola e rola, rebola e pula, fintando a Rita,
Que sempre a correr, sempre a saltar, persegue a bola,
A sua bola, que chegou à estrada, sem medo de nada,
Matreira e rápida, num instante se some, rolando, rolando
Até ao cais, pertinho dos barcos, juntinho à amurada
E a Rita sem fôlego, quase a apanhá-la, quase a chegar
Ao pé da bola, ao pé dos barquinhos, e agora um ventinho;
Um vento de nada, que sopra mansinho até à amurada
E a bola que esperava, agora parada, que a Rita a levasse,
Em menos de nada, se deixa embalar na brisa da tarde e
Adeus, Rita, que o rio me chama: eu vou viajar,
Um dia quem sabe, se tu me quiseres, eu vou voltar,
Se o mar me trouxer e tu, então, quiseres me agarrar

Cálice

 

 

 

link do postPor poesiaemrede, às 00:37  ver comentários (15) comentar

Poesia em Rede
 
Poesia em Rede
Janeiro 2009
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3

4
5
6
7
8
9

11
13
15

19
21
23

27
28
29
31


subscrever feeds
blogs SAPO