Poemas Apresentados ao III Prémio de Poesia em Rede - Publicação Provisória
25.2.09

“Tudo muda…”


Tinhas amêndoas no olhar e um estrelado sorrir

Mente pura, e candura, de quem não sabe mentir.

A bela infância passa, seguiste uma nova estrada

Sais da antiga ignorância, e queres voltar à vida passada.

 

“Criança” perdida nas ruas, vagueando para além

Bastarda filha de nada, filha de ninguém.

Cantaram-te ao ouvido doces canções de embalar

Doces memórias perdidas que nunca mais ouviste cantar.

 

Saudade guardas agora de tempos que foram diferentes

Tanta coisa por dizer, perdidas paixões ardentes.

Usada pela vida e logo a seguir deitada fora

Vida maldita que te iludiu numa infância de outrora.

 

Hoje, já não há amêndoas no teu olhar

O teu sorriso já parou de brilhar

Tudo mudou tão de repente…

 

Voltaste as costas e seguiste

Para trás, a saudade persiste

Mas simplesmente olhaste em frente!

 

Xilofone ainda toca baixinho as doces canções de embalar

Zumbidos agora distantes que jamais irão voltar…

 

 

Vânia Furet

 

link do postPor poesiaemrede, às 23:55  ver comentários (3) comentar

O mundo das crianças

Infinito... O mundo das crianças;
O nosso é restrito... redondo e
com formas.
O dos meninos, criaturas bizarras,
amorfas.
O nosso é insípido.
A repetição do sabor torna-o sem sabor.
O mundo das crianças não tem dor.
Vivem as crianças, paralisadas em seus sonhos;
entregues ao torpor.
Em seu mundo não há dor... só dor de dente, o pé
inchado, uma febre que passa.
Nós adultos temos tantas dores:
de cotovelo, coração, no corpo e na alma.
Um barquinho de papel numa poça d’agua...
e lá dentro navegam as crianças.
Uma pipa no céu é seu avião... Opa! Aquela se perdeu
num súbito turbilhão.
Já começa a enxurrada... mares se fazem em poucas
gotas d’agua, mergulham em busca de tubarões.
e em poços d’agua, vivem... eternizam a tarde.
    

 

Autor: Roger Amado Veloso



link do postPor poesiaemrede, às 23:52  comentar

CRIANÇAS DA GUERRA
 
 
ENTREGAM-TE UMA ARMA PARA AS MÃOS
ESSES INDIVIDUOS QUE SE DIZEM SENHORES
FAZENDO-TE À FORÇA E À PRESSA CRESCER
NUMA GUERRA FRIA QUE NEM SEQUER É TUA
VIVES A TUA INFÂNCIA DE MEDOS E TERRORES
POIS ELES NÃO QUEREM E NÃO TE DEIXAM SER
AQUILO QUE SÃO OUTROS IGUAIS DA TUA IDADE
ÉS VITIMA DE TODA ESSA GENTE DA HIPOCRISIA
QUE NÃO TEM ALMA NEM SEQUER CORAÇÃO
NÃO QUEREM SABER SE ÉS APENAS UMA CRIANÇA
ESTA É QUE É A MAIS CRUA E PURA VERDADE
LEVAM-TE A PERCORRER UMA GRANDE DISTÂNCIA
PASSAS SEDE, FRIO E MUITAS VEZES FOME
POR CAUSA DE TODA ESSA IMENSA GANÂNCIA
DE TODOS ESSES SERES DITOS DE HUMANOS
QUE FAZEM TUDO POR CAUSA DE DINHEIRO
ESQUECEM-SE É QUE AGINDO DESTA MANEIRA
ESTÃO A PÔR EM CAUSA A TERRA INTEIRA
POIS É EM QUALQUER PEQUENA CRIANÇA
QUE EXISTE PARA NÓS A GRANDE ESPERANÇA
DE UM MUNDO JUSTO E CADA VEZ MELHOR
                                                                                          
 
                     
                                                              AUTOR : PEDRO ALFAIATE

 

link do postPor poesiaemrede, às 23:49  comentar

Poesia em Rede
 
Poesia em Rede
Fevereiro 2009
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5
6
7

8
9
13

15
16
18
19

22
24
26


subscrever feeds
blogs SAPO